Durante a Segunda Guerra Mundial, com o Brasil combatendo ao lado das forças Aliadas, um decreto do governo Getúlio Vargas proibiu qualquer entidade nacional de usar nomenclatura relacionada aos países rivais do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O Palestra Italia, assim, foi obrigado a mudar de nome, passando a chamar-se Palestra de São Paulo.
A mudança, porém, não aplacou as pressões políticas e até desportivas. E sob pena de perder o patrimônio e ser retirado do campeonato o qual liderava invicto, o Palestra teve de mudar o nome novamente. Nas vésperas da partida contra o São Paulo, válida pela antepenúltima rodada do Paulistão e que poderia definir o campeão por pontos corridos, a diretoria palestrina se reuniu para alterar a denominação do clube. Quando as discussões estavam no auge, o Dr. Mario Minervino pediu a palavra e solicitou ao secretário, Dr. Pascoal W. Byron Giuliano, que anotasse na ata:“Não nos querem Palestra, pois seremos Palmeiras e nascemos para ser campeões”. E assim foi.
O Palmeiras entrou em campo naquele dia 20 de setembro de 1942 com um novo nome, um novo símbolo (desta vez só com um “P” e não mais com o “PI”) e conduzindo a bandeira brasileira sob o comando do capitão do Exército Adalberto Mendes. Os supostos “inimigos da pátria”, desta forma, surpreendiam o público presente no Pacaembu. E, com a bola rolando, o orgulho e a técnica falaram mais alto. A equipe vencia por 3x1 quando o São Paulo, descontente com a marcação de um pênalti para o adversário, retirou-se de campo. O título estava garantido. Assim, como previsto,“o Palestra morreu invicto, e o Palmeiras nasceu campeão”.
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